Quando pequeno, visitei uma vez o ateliê onde uma tia minha desenvolvia seus projetos em design. Esse primeiro contato, em meio a tintas, lápis de cor, réguas e uma série de instrumentos e objetos que ela usava para dar forma às suas idéias foi fundamental para despertar em mim o interesse por aquilo que eu achava ser apenas uma brincadeira, onde o único limite para solução dos problemas do homem seria a sua própria criatividade.
Minhas visitas ao ateliê se tornaram mais freqüentes e, aos poucos, fui entendendo e compreendendo melhor o que se passava lá.
De lá para cá, meu interesse por atividades criativas, como o desenho, a fotografia, as artes em geral, aplicadas a questões culturais e intelectuais, para geração de soluções e até para o entretenimento só fez crescer.
A minha concepção de design acabou ficando muito ligada à questão do desenvolvimento de produtos, à metodologia aplicada para resolução de problemas. Ingressei na faculdade em 1995 pensando em fazer Projeto de Produto, porém me defrontei com a amplitude de campos de atuação que o design oferece, tendo a oportunidade de exercitar o projeto em todas as suas variantes, desenhando brinquedos, eletrodomésticos, sistemas de informação, móveis, cartazes e outros.
Resultado: acabei me apaixonando por completo pela profissão e por seu aspecto multidisciplinar. Em 1999, graduei-me à Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI) nas habilitações de Comunicação Visual e Projeto de Produto.
Desde então exerço a profissão de maneira efetiva, realizando projetos para os mais variados ramos do design, porém meu foco principal voltou-se para projetos digitais, mas sem jamais deixar de experimentar outros meios e mídias.
Independente do meio em que estiver atuando, acredito que o design deve ser compreendido como uma ferramenta de intervenção. Design é projeto, é saber lidar com limitações e com pessoal, sabendo tirar, em meio a todas as variáveis, a melhor solução. É uma profissão tão glamourizada quanto controvertida, que pode interferir no cotidiano ou influenciar de modo mais duradouro as pessoas.